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O que é cirrose hepática?
A cirrose hepática é uma condição crônica do fígado caracterizada pela substituição progressiva do tecido hepático saudável por tecido cicatricial fibroso.
Esta transformação altera a estrutura do fígado, interferindo em suas funções vitais de metabolismo, detoxificação, produção de proteínas e armazenamento de nutrientes.
A condição pode se desenvolver ao longo de anos ou décadas, resultando de danos crônicos e inflamação persistente no fígado. Aqui estão detalhes adicionais sobre a cirrose hepática:
- Mecanismo de Formação de Cicatrizes: A principal característica da cirrose hepática é a fibrose, um processo onde o tecido hepático normal é gradualmente substituído por tecido fibroso.
Isso ocorre como uma resposta à lesão crônica do fígado, onde as células hepáticas são danificadas repetidamente e substituídas por colágeno, causando uma estrutura nodular e irregular do fígado. - Principais Causas: Existem várias causas subjacentes de cirrose hepática, sendo as mais comuns relacionadas ao estilo de vida e doenças hepáticas crônicas.
O consumo excessivo de álcool é uma das principais causas em países desenvolvidos, levando à hepatite alcoólica e, eventualmente, à cirrose.
Além disso, hepatites virais crônicas, como os tipos B e C, podem causar inflamação hepática persistente que leva à fibrose.
Outras causas incluem esteato-hepatite não alcoólica (NASH), doenças autoimunes (como hepatite autoimune e colangite esclerosante primária), doenças genéticas do fígado e certos medicamentos e toxinas. - Progressão da Doença: A cirrose hepática progride lentamente ao longo do tempo, e sua velocidade pode variar dependendo da causa subjacente e da eficácia do tratamento.
À medida que a fibrose aumenta, o fígado perde sua capacidade de funcionar adequadamente.
Isso pode levar a complicações graves, como insuficiência hepática, hipertensão portal (aumento da pressão nos vasos sanguíneos que transportam sangue para o fígado) com formação de varizes esofágicas e gastrointestinais, ascite (acúmulo de líquido no abdômen) e encefalopatia hepática (comprometimento da função cerebral devido à acumulação de toxinas no sangue). - Sintomas e Diagnóstico: Os sintomas iniciais de cirrose hepática podem ser sutis e não específicos, incluindo fadiga, desconforto abdominal leve, perda de apetite e perda de peso não intencional.
Conforme a doença progride, sintomas mais graves podem se desenvolver, como icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos), coceira intensa na pele, inchaço abdominal devido à ascite e sangramentos frequentes.
O diagnóstico envolve uma combinação de história clínica detalhada, exames físicos, testes laboratoriais de função hepática, imagens como ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) e, às vezes, biópsia hepática para avaliar a extensão do dano hepático e determinar a causa subjacente da cirrose. - Tratamento e Manejo: O tratamento da cirrose hepática visa retardar a progressão da doença, tratar complicações e melhorar a qualidade de vida.
Isso pode incluir medidas para tratar a causa subjacente da cirrose (como abstinência de álcool ou terapia antiviral), medicamentos para controlar sintomas e complicações (como diuréticos para ascite) e mudanças no estilo de vida (como dieta equilibrada e exercícios).
Em alguns casos avançados, o transplante de fígado pode ser necessário.
Em resumo, a cirrose hepática é uma condição hepática grave e progressiva que resulta da cicatrização e fibrose do tecido hepático devido a danos crônicos.
Compreender suas causas, mecanismos, sintomas e complicações é crucial para o diagnóstico precoce, intervenção eficaz e manejo apropriado da doença.
Pacientes diagnosticados com cirrose hepática devem receber cuidados médicos regulares, seguir um plano de tratamento personalizado e adotar um estilo de vida saudável para maximizar a qualidade de vida e reduzir o risco de complicações graves.
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